G.V.A.

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A Esperança

Dona Olga foi levada para um asilo. Estava calada e seu rosto era só tristeza. Suspirava angustiada e chorava muito. Sentou-se numa cadeira de rodas e parecia estar apenas esperando a morte.
O jovem Rafael, que costumava visitar os idosos, resolveu se aproximar de dona Olga. Tentou de tudo para que ela lhe sorrisse, mas foi em vão. Porém, ele não desistiu. Insistiu, insistiu e acabou conseguindo um pequeno sorriso. Foi então, que ela começou a lhe contar sua história:
Ela tinha sido uma mulher muito rica. Seu marido administrava sete fazendas. Mas, um dia, ele morreu e dona Olga assumiu tudo, e acabou de criar sozinha a única filha.
A filha cresceu e logo se casou. Seu genro, então, se ofereceu para administrar os bens da família. Dona Olga achou ótimo, pois assim, poderia viajar e viver tranqüilamente o resto de seus dias. Convencida pela filha, passou uma procuração dando todos os poderes ao genro.
Esse foi seu grande erro. Logo que dona Olga completou 72 anos, a filha e o genro conseguiram declará-la incapaz. Em seguida, resolveram colocá-la num asilo. Essa era sua história.
Soluçando, dona Olga se virou para Rafael e perguntou:
- Você entende, agora, meu filho, o tamanho do meu sofrimento?
Rafael entendeu. Mas descobriu que dona Olga, apesar de tudo, ainda mantinha os valores da liderança e da capacidade de trabalho, e que poderia ser muito útil na vida de outras pessoas. Ele, então, disse:
- Dona Olga, a senhora tem experiência em administração. Por que a senhora não auxilia o serviço de voluntários e funcionários do asilo?
Dona Olga continuava calada, mas ouvia Rafael atentamente. Ele continuou:
- A senhora pode reunir todos os idosos que vivem aqui, a maioria sem esperanças, e falar da terra, dos grãos, da produção do gado... afinal, muitos deles vieram do campo e, com certeza vão gostar de ouvir sobre o trabalho que se dedicaram há tantos anos!
Enquanto Rafael falava, dona Olga começou a pensar, que ele tinha razão. Sua filha e seu genro tinham lhe roubado todos os bens, tirado suas possibilidades de viver com muito conforto, mas não podiam destruir as suas conquistas interiores.
Nesse instante, dona Olga se transformou em outra pessoa. Levantou-se da cadeira de rodas, onde tinha se jogado há alguns minutos, enxugou as lágrimas, “sacudiu a poeira” da mágoa e começou a agir.
Dona Olga sabia que tinha valor e esse valor podia ser usado a favor das outras pessoas que, assim como ela, estavam sem esperança, pelo menos, temporariamente.


LIÇÃO DE VIDA:
Não deixe que a mágoa, o ódio ou a dor, destruam a sua vida.
Lute, levante a cabeça, dê a volta por cima; você tem valor!!! 


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