____Disfunções territoriais: Problemas relacionados às fronteiras (espaços demarcados na relação interna e com o mundo exterior) podem ser rígidas ou insuficientes. Ex.: na família do dependente químico, há mais a presença de fronteiras insuficientes do que rígidas. Pois os limites são muito confusos, os espaços demarcados não são claros e sim insuficientes.
____Disfunções de papéis: A disfunção de papéis, ocorre quando um membro ou mais, assumem comportamentos que não são deles, mas de outros. Um exemplo é o filho após os pais separarem-se assumi o papel de marido, tentando controlar as amizades e saídas da mãe. A maioria das famílias apresentam disfunção de papéis. O problema é quando há a rigidez desses, aí aparece a patologia. Cabe diferenciar portanto, que há disfunções familiares momentâneas, (ajustes do sistema, adaptações por elementos novos, como por exemplo um chefe de família ficar doente e o filho mais velho assumir sua função temporariamente para a família continuar funcionando) e há as disfunções crônicas, onde os papéis são fixos. Aqui está o palco de muitos sérios problemas.
____Disfunções de comunicação: Refere-se ao modo de se comunicar. Basear-se todo o tempo em paradoxos, indiretas, onde os sentimentos, a expressão das emoções não fluem com clareza, são velados, reprimidos ou expressados de modo indevido.
A família do dependente químico precisa ser vista pelos conselheiros em total interação com seu problema. Um alimenta o comportamento do outro, e é preciso questionar a função do sintoma (o problema do dependente químico) em cada estrutura familiar.
Partimos então do pressuposto de que ele, o sintoma, está denunciando algo daquela estrutura. O que será que está disfuncional? O que está fora de lugar?
Nosso papel é buscar perceber tais disfunções e auxiliá-los na mudança, pois todo o sistema será favorecido, mas é preciso lembrar da dificuldade deles em mudar. E saber que infelizmente existem famílias tão fechadas, tão rígidas que nosso trabalho será em vão. "Somos impotentes nesses casos“.
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