Seria a drogadicção uma doença? Essa é uma pergunta de conotação muito mais sociológica que médica. A medicina e a psicologia investem em muitas pesquisas partindo do pressuposto que se trata, no mínimo, de uma condição anômala no controle dos impulsos. Se a drogadicção não fosse uma anomalia, pela lógica, não se poderia pesquisá-la tanto assim, pois a medicina não costuma pesquisar entusiasticamente o normal.
A drogadicção não é apenas uma doença a nível cerebral. Melhor seria vê-la como uma doença cerebral onde os contextos sociais em que se desenvolveu e se manifestou têm importância crítica. Um dos elementos sociais envolvidos na drogadicção é a exposição a estímulos condicionantes. Esses estímulos podem ser importantes fatores na vontade de consumir drogas e mesmo nas recaídas que acontecem depois de tratamentos bem-sucedidos.
A importância dos contextos sociais (estímulos ambientais) no desenvolvimento da drogadicção pode ser exemplificada pelos drogadicto em heroína que adquiriram o vício na guerra do Vietnã. Depois da guerra e de volta aos seus lares, o tratamento dessas pessoas foi muito mais fácil e com muito mais êxito que o tratamento de drogadicto por heroína que adquiriram o vício nas ruas e longe da guerra.
Para os soldados viciados os estímulos ambientais (que não existiam mais depois da guerra) foram prioritários sobre os elementos pessoais. Para os viciados nas ruas talvez não se possa dizer o mesmo.
Devemos entender a dependência química como uma doença bio-psíco-social, formada por componentes biológicos, psicológicos e de contexto social. É claro que as estratégias de abordagem do problema devem incluir, igualmente, elementos biológicos, psicológicos e sociais. Por isso não deve ser tratada apenas a doença cerebral subjacente a drogadicção, más tratar, sobretudo, as alterações emocionais do paciente, bem como abordar os problemas sociais.
As entidades sócio-comunitárias que lidam com o assunto, muitas vezes preferem não se envolver nessa discussão. Entretanto, faz parte da compreensão dos "Narcóticos Anônimos" que a adicção é, de fato, uma doença.
De fato, nas instituições grupais que lidam com esse problema, quando se aceita o fato de tratar-se de uma doença, sobre a qual somos impotentes (como costumam dizer), tal aceitação fornece uma base para a recuperação através de programas de ajuda mútua, como é o caso dos Doze Passos dos Narcóticos Anônimos.
Para esses grupos de auto-ajuda, a pessoa com Drogadicção se apresenta ativamente (usando a droga) ou não, mas sempre será apropriada a utilização da palavra "doença" para descrever a condição do adicto.
Como a questão das drogas ultrapassou em larga escala os limites da medicina, os profissionais das diversas áreas, desde a medicina, religião, psiquiatria, legislação, até o direito penal, definem a adicção em termos que são apropriados para suas atuações.
A drogadicção não é apenas uma doença a nível cerebral. Melhor seria vê-la como uma doença cerebral onde os contextos sociais em que se desenvolveu e se manifestou têm importância crítica. Um dos elementos sociais envolvidos na drogadicção é a exposição a estímulos condicionantes. Esses estímulos podem ser importantes fatores na vontade de consumir drogas e mesmo nas recaídas que acontecem depois de tratamentos bem-sucedidos.
A importância dos contextos sociais (estímulos ambientais) no desenvolvimento da drogadicção pode ser exemplificada pelos drogadicto em heroína que adquiriram o vício na guerra do Vietnã. Depois da guerra e de volta aos seus lares, o tratamento dessas pessoas foi muito mais fácil e com muito mais êxito que o tratamento de drogadicto por heroína que adquiriram o vício nas ruas e longe da guerra.
Para os soldados viciados os estímulos ambientais (que não existiam mais depois da guerra) foram prioritários sobre os elementos pessoais. Para os viciados nas ruas talvez não se possa dizer o mesmo.
Devemos entender a dependência química como uma doença bio-psíco-social, formada por componentes biológicos, psicológicos e de contexto social. É claro que as estratégias de abordagem do problema devem incluir, igualmente, elementos biológicos, psicológicos e sociais. Por isso não deve ser tratada apenas a doença cerebral subjacente a drogadicção, más tratar, sobretudo, as alterações emocionais do paciente, bem como abordar os problemas sociais.
As entidades sócio-comunitárias que lidam com o assunto, muitas vezes preferem não se envolver nessa discussão. Entretanto, faz parte da compreensão dos "Narcóticos Anônimos" que a adicção é, de fato, uma doença.
De fato, nas instituições grupais que lidam com esse problema, quando se aceita o fato de tratar-se de uma doença, sobre a qual somos impotentes (como costumam dizer), tal aceitação fornece uma base para a recuperação através de programas de ajuda mútua, como é o caso dos Doze Passos dos Narcóticos Anônimos.
Para esses grupos de auto-ajuda, a pessoa com Drogadicção se apresenta ativamente (usando a droga) ou não, mas sempre será apropriada a utilização da palavra "doença" para descrever a condição do adicto.
Como a questão das drogas ultrapassou em larga escala os limites da medicina, os profissionais das diversas áreas, desde a medicina, religião, psiquiatria, legislação, até o direito penal, definem a adicção em termos que são apropriados para suas atuações.
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