G.V.A.

G.V.A.

A PONTE E A PINGUELA



Antenor vivia num povoado que era dividido por um rio, que ficava justamente em frente à casa dele. Muitas pessoas daquela região faziam a travessia a qualquer hora, mesmo correndo perigos.
Preocupado e incomodado com essa situação, Antenor sempre pensava numa maneira de facilitar a travessia das pessoas. Finalmente, decidiu construir uma pinguela sobre o rio.
Acontece que os habitantes da aldeia raramente arriscavam usar a pinguela, por causa da sua falta de segurança.
Um certo dia, apareceu um engenheiro, que junto com os habitantes, construiu uma ponte, firme e segura.
Isso deixou o construtor da pinguela revoltado. A partir daí, ele começou a dizer, para quem quisesse ouvir, que o engenheiro tinha desrespeitado o seu trabalho. Algumas pessoas tentavam mudar seu pensamento e diziam:
- Mas, seu Antenor, a pinguela ainda esta lá! É um monumento aos seus anos de esforços e preocupação.
Porém, Antenor não se conformava e respondia:
- A pinguela está no mesmo lugar, mas ninguém a usa para atravessar o rio! De que adianta?
Ele continuava reclamando e alguns vizinhos falavam carinhosamente:
- Seu Antenor, o senhor é um cidadão respeitado e nós gostamos do senhor. Acontece que, se as pessoas acham a ponte mais segura e mais útil que a pinguela, o que se pode fazer?
E, Antenor sempre tinha uma reclamação:
- Mas a ponte está cruzando o meu rio!
Até que um dia, um senhor muito idoso, resolveu ser mais duro com Antenor e falou:
- Apesar de todo o respeito que temos pelo seu trabalho, queríamos dizer que o rio não é seu. Ele pode ser atravessado a pé, por barco, a nado, da maneira que desejarmos. Se as pessoas preferem cruzar a ponte, por quê não respeitar o desejo delas?
E o idoso continuou:
- Além disso, como podemos confiar em alguém que, ao invés de tentar melhorar a sua pinguela, passa o tempo todo criticando a ponte?

LIÇÃO DE VIDA:
Existe gente que, ao invés de tentar melhorar aquilo que faz, procura sempre destruir o que os outros estão tentando fazer. 

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